Namastê - Significado



NAMASTÊ 

 "O Deus que há em mim, saúda  o Deus que há em você".

O gesto Namastê  representa a crença de que há um brilho divino dentro de cada um de nós. O gesto é o reconhecimento da alma de um no outro. "Nama" significa saudação ou reverência, "as" quer dizer eu e "tê", você. Logo Namastê literalmente significa "saudação eu e você" ou "eu saúdo a você", ou seja, O Deus que há em mim saúda o Deus que há em você. Namastê é utilizado na Índia e no Nepal por hindus, sikhs, jainistas e budistas. Nas culturas indianas e nepalesas, a palavra é dita no início de uma comunicação verbal ou escrita. Contudo, o gesto feito com as mãos dobradas é feito sem ser acompanhado de palavras quando se despede. Para fazer o gesto Namastê, colocamos as palmas das mãos juntas na frente do chakra do coração, (chakra coronário), em frente ao chakra do terceiro olho (chakra frontal), feche os olhos e arqueie levemente a cabeça. Também pode ser feito da mesma forma, só que trazendo as mãos abaixo do coração. Essa é uma forma especialmente profunda de respeito. Apesar da palavra Namastê no Ocidente ser dita em conjunção com o gesto, na Índia, é compreendido que o gesto por si só significa Namastê, e então, não há necessidade de dizer a palavra quando saúda ou reverencia. Trazemos as mãos em direção ao chakra do coração para aumentar o fluxo do amor Divino no coração. Pode-se fazer o Namastê a si próprio como uma técnica de meditação para atingir profundamente o chakra do coração; quando feito a outra pessoa, apesar de rápida, é igualmente uma bonita meditação. Para um aluno ou professor, o Namastê permite que dois indivíduos encontre-se energeticamente para estabelecer uma conexão e eterno, livre da obrigação da ego-conexão, é feito com um sentimento profundo no coração e com a mente rendida, uma profunda união de espíritos pode florescer. O ideal é que ambos Namastê sejam feitos no início e final da aula. Usualmente, é feito ao final da aula porque a mente está menos ativa e a energia da sala é mais pacífica. O professor inicia Namastê como símbolo de gratidão e respeito em relação aos alunos e convida a todos para que conectem com a sua linguagem, através disso permite que a verdade flua - a verdade que todos somos um quando vivemos com o coração.

Namastê !!!




ESTÁGIOS DO SONO



O estudo do sono tem despertado interesse desde a antiguidade, suscitando diversos documentos escritos a cerca deste assunto. Segundo Timo-Iaria (1985), o sono foi objeto de análise subjetiva, observativa e, sobretudo discursiva durante milhares de anos em todas as civilizações.


Até o presente momento, a função do sono ainda não está completamente esclarecida, mas, sabe-se que serve para restaurar os níveis normais de atividade e o “equilíbrio” normal entre as diferentes partes do sistema nervoso central (Guyton e cols, 1997), além de estar envolvido com a conservação do metabolismo energético, com a cognição, com a termorregulação, com a maturação neural e a saúde mental (Kandel e cols, 2003).
Embora represente um período de descanso, o sono parece não ser um indicador de estado passivo do sistema nervoso, correspondendo então a um fenômeno ativo, com fases distintas e bem caracterizadas (Aserinsky e Kleitman, 1953; Crick e Mitchison, 1983).
Considerando o aspecto científico, foi a partir da década de 30 que avanços notáveis a cerca do estudo do sono possibilitaram um maior progresso e compreensão do assunto.
Berger (1930) obteve um grande avanço no estudo dos mecanismos de sono e vigília quando registrou a atividade elétrica encefálica, por meio de eletrodos de agulhas introduzidos no couro cabeludo (eletroencefalograma, ou EEG). Nos primeiros EEGs registrados durante o sono, Berger descreveu os fusos e as ondas delta, que caracterizam as fases II, III e IV do sono humano, descritas mais adiante.
O sono apresenta estágios alternantes, e cada estágio possui padrões eletroencefalográficos característicos, segundo freqüência e amplitude das ondas, que são distintos daqueles observados durante a vigília (Loomis e cols., 1937; 1938).
Rimbaud e cols. (1955) observaram a ocorrência de curtas fases dessincronizadas no EEG durante o sono natural de gatos, que eram semelhantes ao padrão típico de atividade elétrica no hipocampo (ritmo teta). Essas fases constituem um estado de sono inteiramente distinto daquele com padrão sincronizado e foram denominadas de “sono dessincronizado” (Moruzzi, 1972) ou também “sono paradoxal” (Jouvet, 1972), pois possui padrão eletroencefalográfico análogo ao da vigília, porém associado à ausência do tônus muscular (Jouvet e Michel, 1959). O sono paradoxal passou a ser extensamente estudado, em especial devido aos movimentos periódicos rápidos dos olhos na espécie humana (por esse motivo, esse estágio também pode ser denominado sono REM – “Rapid Eye Movements”).
Esta fase também se caracteriza pela presença de sonhos (Dement e Kleitman; 1957), pelos eventos fásicos (que incluem os movimentos oculares rápidos, e também abalos musculares ou mioclonias, e ondas ponto-genículo-occipitais - PGO) e tônicos (as já citadas atonia muscular esquelética e dessincronização do eletroencefalograma cortical, ou seja, ondas de baixa amplitude e alta freqüência, e flutuações cardio-respiratórias) (Aserinsky e Kleitman, 1953; Jouvet, 1962, Vertes, 1984; Siegel, 1994).
Estudos demonstram que o tronco encefálico, particularmente a formação reticular pontina lateral e bulbar medial, é a área responsável pela geração do sono REM, conforme revisado por Vertes (1984) e Siegel (1994).
Em contrapartida ao sono REM, existe o sono NREM (“Non-Rapid Eye Movements”), que também pode ser denominado sono sincronizado, pois um potencial elétrico rítmico inibitório-excitatório, gerado por neurônios talâmicos e corticais, forma ondas sincronizadas de alta amplitude e baixa freqüência (Steriade, 1992). Esta fase do sono pode ainda ser subdividida em quatro estágios conforme o aumento de sua profundidade (Rechtschaffen e Kales, 1968):
Estágio 1: o indivíduo se encontra numa transição entre o estado de vigília e o sono, com ondas no EEG de baixa voltagem;
Estágio 2: presença de ondas no EEG de baixa voltagem, sendo interrompido por fusos e complexo K, que são ondas de alta amplitude;
Estágio  3: presença de ondas delta, que possuem baixa freqüência e alta amplitude;
Estágio 4: predominância de ondas delta, lentas. Juntamente com o estágio 3, é denominado também como ‘Sono de Ondas Lentas’.
          De modo geral, o sono NREM apresenta baixa atividade neuronal, taxa metabólica baixa, temperatura encefálica baixa, declínio da atividade simpática e aumento da atividade parassimpática, pouca atividade muscular e a regulação da temperatura está presente (Kandel e cols, 2003).
          Durante o período de sono em seres humanos normalmente ocorrem de 4 a 6 ciclos bifásicos (Figura 1) com duração de 90 a 100 minutos cada, sendo cada um dos ciclos composto pelas fases do sono NREM, com duração de 45 a 84 minutos, e pela fase do sono REM, que dura de 5 a 45 minutos (Horne, 1980; Morrison, 1983).
          Em indivíduos adultos normais, o sono NREM encontra-se principalmente distribuído na primeira metade do período de sono, enquanto o sono REM predomina na segunda metade deste período. Em seres humanos, um adulto jovem saudável, com ciclo vigília-sono convencional,
apresenta, aproximadamente, as seguintes proporções em relação ao tempo total de sono (Carskadon e Dement, 1994):
           Sono NREM:
               estágio 1    →    2 - 5%,
               estágio 2    →    45 - 55%,
               estágio 3    →    8%,
               estágio 4    →    10 - 15%,
  •  Sono REM      →     20 - 25%.

  O ciclo dos estágios do sono de seres humanos de vida adulta inicial. Pode-se observar que o sono caracteriza-se pela progressão do estágio 1 para o estágio 4 do sono NREM. Depois de aproximadamente 70-80 minutos, o individuo retorna brevemente para os estágios 3 ou 2, e então entra na primeira fase do sono REM da noite, que dura aproximadamente 5-10 minutos. Nos seres humanos, a duração do ciclo representado pelo início do sono NREM até o final da primeira fase de sono REM é de aproximadamente 90-110 minutos. Este ciclo sono NREM/REM é repetido de 4 a 6 vezes durante a noite. Nos ciclos sucessivos a duração dos estágios 3 e 4 do sono NREM diminuem à medida que a duração da fase REM aumenta.  Fonte: Kandel e cols, 2001.


          O ritmo circadiano básico do ciclo sono-vigília é gerado pelo núcleo supraquiasmático, geralmente vinculado às oscilações na temperatura e ao ciclo claro-escuro geofísico (Moore-Ede e cols., 1982). Em seres humanos normalmente, o período de sono ocorre durante a noite e geralmente é único. Em ratos e camundongos, por exemplo, o período de sono é durante o dia, e o sono é fragmentado, característica de animal predado.
          Sagüis (Callithrix sp.) podem ser bons modelos de sono para o sono humano, pois possuem o período de sono durante a noite. Além disso, estes animais apresentam as mesmas fases (NREM e REM) e os mesmos estágios do sono NREM, em forma de ciclos bifásicos tal qual o humano, demonstrado por Crofts e colaboradores (2001), ao serem analisados por radiotelemetria.
          Utilizando essa técnica (telemetria), além do registro do eletroencefalograma, informações sobre a temperatura corpórea e a atividade locomotora também podem ser obtidas. Não obstante, a restrição física ao animal é inexistente, ao contrário do que aconteceu em experimentos que fixavam o animal em uma cadeira (Weitzmann, 1961), ou acoplavam ao animal uma mochila contendo a aparelhagem para medição (Bert e cols, 1975).
          Utilizando-se a radiotelemetria, portanto, não há (ou pelo menos é muito reduzida quando comparada ao registro convencional) restrição física e psicológica ao animal, e este pode continuar vivendo com seu grupo, no local onde já está acostumado, possibilitando, desta maneira, uma maior confiabilidade do resultado.
          Até o momento, poucos estudos utilizando a radiotelemetria foram feitos com o objetivo de analisar o sono em sagüis. O trabalho desenvolvido neste laboratório baseia-se em estudos de transmissores implantados no encéfalo de sagüis, possibilitando o registro de um canal de EEG durante o período de sono. Os diferentes estágios do sono são classificados de acordo com os critérios de Rechtschaffen e Kales (1968), exceto pela ausência das informações do eletrooculograma e eletromiograma, em vigília, provável REM (pREM), sono leve (estágios 1 e 2) e sono de ondas lentas (estágios 3 e 4).
          Para melhor caracterizar os estágios do sono, informações adicionais, como registro do eletromiograma e da temperatura, podem ser obtidas. Além disso, o trabalho de Crofts e seus colaboradores abre possibilidades para o estudo de drogas que modulam o sono, neste modelo comprovadamente adequado.
          Assim, a proposta do presente trabalho é analisar a resposta eletrofisiológica e comportamental do sono de sagüis às seguintes drogas: modafinil (droga que age diminuindo o sono), diazepam (droga indutora de sono) e donepezil (droga que aumenta a frequência do sono REM). Essas drogas são utilizadas na clínica no tratamento de narcolepsia (Bastuji e cols, 1988; Boivin e cols, 1993), para o tratamento de insônia (Gilman, 1996), e no tratamento da Doença de Alzheimer (Geldmacher, 1997), respectivamente



CONVÊNIOS ATENDIDOS




CONVÊNIOS ATENDIDOS EM NOSSA CLÍNICA

Relação de empresas conveniadas atendidas em nossa clínica.


APROJAN - Associação dos Professores Jandaienses.




Sistema Prever / Cliniprev





Associação dos Professores do Paraná

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A mente humana e seus "Mecanismos de Defesa"



A MENTE HUMANA E SEUS "MECANISMOS DE DEFESA"





O que são Mecanismos de defesa
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Mecanismos de defesa são processos subconscientes que procura solução para conflitos não resolvidos ao nível da consciência. A Psicanálise supões a existência de forças mentais que se opõe umas às outras e que batalham entre sí. Freud utilizou a expressão "Mecanismos de defesa",  pela primeira vez no seu "As neuroses e psicoses de defesa" de 1894. Há diversos Mecanismos de Defesa, sendo alguns mais eficientes do que outros. Também há os que exigem menos desgaste de energia para funcionar. Outros há que são menos satisfatórios, mas todos requerem gastos de energia psíquica. Os Mecanismos de Defesa mais importantes são: 

Tipos de Mecanismos de defesa

Repressão - É afastar ou recalcar da consciência um afeto, uma ideia ou apelo do instinto; um acontecimento que por algum motivo envergonha uma pessoa, pode ser completamente esquecido e se tornar não evocável.

Defesa de reação - Consiste em mostrar um método e expor sentimentos, ambos opostos aos impulsos verdadeiros, quando estes são inconfessáveis. Um exemplo seria um pai pouco amado que recebe de seu filho uma atenção muito exagerada para que este se convença que é um bom filho.



Projeção - Consiste em atribuir ao outro um desejo próprio, ou atribuir a alguém algo que justifique a própria ação. O estudante cria o hábito de colar nas provas dizendo, para se justificar, que os outros colam ainda mais que ele.

Regressão - É o retomar as atitudes passadas, que provaram ser gratificantes e seguras para a pessoa, e às quais a pessoa busca voltar para fugir de um presente angustiante. Devaneios e memórias que se tornam recorrentes, repetitivas. Aplica-se também ao regresso a fases anteriores da sexualidade.

SubstituiçãoO inconsciente em suas duas formas, está impedido de manifestar-se diretamente à consciência, mas consegue fazê-lo indiretamente. A maneira mais eficiente para essa manifestação é a substituição, isto é, o inconsciente oferece à consciência um substituto admissível por ela, e por meio do qual ela pode satisfazer o Id ou o Superego. Os substitutos são imagens (representações analógicas dos objetos do desejo) e formam o imaginário psíquico que, ao ocultar o verdadeiro desejo, o satisfaz indiretamente por meio de objetos substitutos (a chupeta e o dedo, para o seio materno, tintas e pintura ou argila e escultura para as fezes, uma pessoa amada no lugar do pai ou da mãe, de acordo com as fases da sexualidade).
Além dos substitutos reais, outros substitutos como o imaginário inconsciente oferece, sendo frequentes os sonhos, os lapsos e os atos falhos. Neles, realizamos desejos inconscientes, de natureza sexual. São a satisfação imaginária do desejo. Alguém sonha, por exemplo, que sobe uma escada, está num naufrágio ou num incêndio. Na realidade, sonhou com uma relação sexual proibida. Alguém quer dizer uma palavra, esquece-a ou se engana, comete um lapso e diz outra que o surpreende, pois nada tinha a ver com o que desejava falar: conseguiu realizar um desejo que era proibido. Alguém vai andando por uma rua e sem querer, torce o pé e quebra o objeto que estava carregando: realizou um desejo proibido.

SublimaçãoA Ética abandona às gratificações puramente instintuais por outras em conformidade com valores racionais transcendentes. A sublimação constitui adoção (assumir) de um interesse ou de um comportamento que possa enaltecer comportamentos que são instintivos de raiz. Um homem pode encontrar uma válvula para seus impulsos agressivos tornando-se um lutador campeão, um jogador de futebol ou até mesmo um cirurgião. Para Freud as obras de arte, as ciências, a religião, a Filosofia, as técnicas e as invenções, as instituições sociais e as ações políticas, a literatura e as obras teatrais são sublimações, ou modos de substituição do desejo sexual de seus autores e esta é a razão de existirem os artistas, os místicos, os pensadores, os escritores, cientistas, os líderes políticos, etc.

TransferênciaFreud afirmou que a ligação emocional que o paciente desenvolvia em relação ao analista representava a transferência do relacionamento que aquele havia tido com seus pais e que inconscientemente projetava no terapeuta. O impasse que existiu nessa relação infantil criava impasses na terapia, de modo que a solução da transferência era o ponto chave para o sucesso do método terapêutico. Embora Freud demorasse a considerar a questão inversa, a da atratividade do paciente sobre o terapeuta, o problema manifestou-se tão cedo quanto ainda ao tempo das experiências de Breuer, que teria se deixado afetar sentimentalmente por sua principal paciente, Bertha Pappenheim.

IsolamentoConsiste em isolar, isto é, em separar um pensamento ou uma ação do seu contexto geral.
Esse mecanismo está habitualmente presente na neurose obsessiva e traduz-se em atitudes que pretendem diminuir a ansiedade que o sujeito sente diante certos sentimentos. O obsessivo faz rituais, compulsões sistemáticas para romper com as ideias que o perturbam.

Mecanismos de defesa - Conclusão

Os Mecanismos de defesa são aprendidos na família ou no meio social externo a que a criança e o adolescente estão expostos. Quando esses mecanismos conseguem controlar as tensões, nenhum sintoma se desenvolve, apesar de que o efeito possa ser limitador das potencialidades do Ego, e empobrecedor da vida instintual. Mas se falham em eliminar as tensões e se o material reprimido retorna à consciência, o Ego é forçado a multiplicar e intensificar seu esforço defensivo e exagerar o seu uso. É nestes casos que a loucura, os sintomas neuróticos, são formados. Para a psicanálise, as psicoses significam uma grave perda do sistema defensivo, caracterizada também por uma dominação de mecanismos primitivos. A diferença entre o estado neurótico e o psicótico seria, portanto, quantitativa, e não qualitativa.



Pontos importantes sobre os mecanismos de defesa:



1 - Os Mecanismos de defesa apresentam-se em todas as pessoas, e só se tornam anormais quando aparecem excessivamente;
2 - Não são escolhidos conscientemente pelo indivíduo;
3 - O Mecanismo de defesa que vai atuar em um dado momento depende da natureza da situação específica e das características da pessoa;

4 - As mesmas situações podem ter Mecanismos de defesa diferentes em pessoas diferentes;

5 - Os Mecanismos de defesa mais eficazes em conflitos anteriores tendem a serem usados para resolverem novos conflitos;

6 - Seu uso prolongado e excessivo pode ter consequências graves no ajustamento efetivo à vida. Nesse sentido, alguns são piores que outros, como a fuga, que impede a pessoa de ser capaz de enfrentar seus problemas; e a repressão, que cega para a natureza dos mesmos;

7 - Os Mecanismos de defesa podem ser frustrados: a racionalização pode ser desmentida; a identificação, negada; a fuga, evitada; a repressão, revelada etc, tornando, assim, o conflito ainda mais intensificado;


8 - Quando os Mecanismos de defesa falham, podem ocorrer transformações mais agressivas no comportamento; como perturbações psicológicas graves, sendo um efeito da psicose.



Biografia de Carl Gustav Jung


BIOGRAFIA DE CARL GUSTAV JUNG


Carl Gustav Jung
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Psiquiatra suíço, fundador da psicologia analítica.

Nasceu em 26/07/1875 em Kassewil - Suíça.

Faleceu em 06/06/1961 em Kusnacht - Suíça.

Sua carreira se materializou na publicação de dezenas de estudos e trabalhos

"Minha vida foi singularmente pobre em acontecimentos exteriores. Sobre estes não posso dizer muito, pois se me afiguram ocos e desprovidos de consistência. Eu só me posso compreender à luz dos acontecimentos interiores. São estes que constituem a peculiaridade de minha vida e é deles que trata minha autobiografia."
Carl Gustav Jung foi um dos maiores estudiosos da vida interior do homem e tomou a si mesmo como matéria prima de suas descobertas - suas experiências e suas emoções estão descritas no livro "Memórias, Sonhos e Reflexões".
Filho de um pastor protestante, Carl Gustav Jung, ainda pequeno, mudou-se para a cidade da Basiléia, na época um dos maiores centros de cultura da Europa. Lá realizou seus primeiros estudos. Formou-se em medicina pela Universidade da Basiléia, no ano de 1900, iniciando a seguir sua vida profissional no hospital psiquiátrico Burgholzi, em Zurique. Dois anos depois casou-se com Emma Rauschenbach, com quem teria cinco filhos.
Em 1903 publicou sua primeira obra, "Psicologia e Patologia dos Fenômenos ditos Ocultos", fruto de sua tese de doutoramento. Publicou nos anos seguintes mais três trabalhos, relacionadas à descoberta dos complexos afetivos e das significações nos sintomas das psicoses. Em 1905 tornou-se livre docente na Universidade de Zurique.
Em 1907 Jung visitou Sigmund Freud, o criador da psicanálise, em Viena, iniciando uma estreita colaboração com o mestre, que se mostrou impressionado com o talento do jovem discípulo. Os dois viajaram juntos aos Estados Unidos em 1909, proferindo palestras num centro de pesquisas. Em 1910 foi fundada a "Associação Psicanalítica Internacional", da qual Jung foi eleito presidente.
As primeiras divergências entre Jung e Freud surgiram em 1912 e logo se tornaram inconciliáveis. A partir do rompimento com Freud, o analista suíço vivenciou um período de depressão e introversão, que o levou a trilhar seu próprio caminho no campo da psicologia.
Em 1917, Jung publicou seus estudos sobre o inconsciente coletivo no livro "A Psicologia do Inconsciente" e, em 1920, apresentou os conceitos de introversão e extroversão na obra "Tipos Psicológicos". A partir daí, Jung construiu as bases da psicologia analítica, desenvolvendo a teoria dos arquétipos e incorporando conhecimentos das religiões orientais, da alquimia e da mitologia.
Sua produtiva carreira se materializou na publicação de dezenas de estudos, trabalhos, seminários e outras obras. Já octogenário, reuniu em livro as memórias de toda a sua vida. Carl Gustav Jung morreu aos 85 anos, como um dos mais influentes pensadores do século 20.




Biografia de Jacques Lacan



BIOGRAFIA DE JACQUES LACAN


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Jacques Marie Émile Lacan, psiquiatra e psicanalista.

Nasceu em 13/04/1901, em Paris - França.

Faleceu em 09/09/1981, em Paris - França.

No dia 9 de setembro de 1981, Jacques Lacan morria, vítima de um câncer de cólon, numa clínica de Neuilly, na periferia de Paris. Trinta anos mais tarde, o psiquiatra que revolucionou a psicanálise ainda levanta paixões, sendo considerado um gênio por alguns e um impostor por outros.
"Sou um palhaço, vejam meu exemplo e não me imitem", repetia o terapeuta e teórico fora do comum, com gestos de dândi extravagante que esbofeteava ocasionalmente os pacientes, além de ser um grande inventor de neologismos e vulgarizador da psicanálise nos meios de comunicação.
Nascido em 1901, em Paris, numa família católica conservadora, estudou medicina, especializando-se em psiquiatria e se apaixonou pelo surrealismo.
Nos anos 30 realizou análise de seis anos e meio com Rudolph Loewenstein e defendeu sua tese de doutorado, "A psicose paranoica em suas relações com a personalidade", na qual expõe o caso de uma jovem criminosa, "Aimée" - na realidade, Marguerite Anzieu, mãe de um futuro psicanalista, Didier Anzieu.
Lacan também se interessou pelas irmãs Papin, que assassinaram suas patroas, em 1933, e fascinaram numerosos autores, entre eles o dramaturgo francês Jean Genet.
Em 1936, apresentou seu trabalho sobre o "Estádio do Espelho" na formação da personalidade infantil.
Em seu místico gabinete, situado no número 5 da rua de Lille, em Paris, Lacan instaurou as sessões curtas ou de duração variável. Nelas, não duvidava em receber seus pacientes apenas por dois ou três minutos, várias vezes por dia, ou em sacudi-los emocionalmente. Suas duas salas de espera estavam sempre cheias.
Durante as sessões, Lacan se levantava, comia alguma coisa, lia, jogava. Ao mesmo tempo, escutava. Seu objetivo: surpreender, para favorecer a emergência do inconsciente.
Esses métodos iconoclastas valeram a ele a expulsão da Associação Psicanalítica Internacional (IPA).

Um teórico singular.
No plano teórico, Lacan elaborou uma obra singular, em perpétua evolução, defendendo "um regresso a Freud" que, no entanto, chocava os freudianos ortodoxos.
Nos anos 50, apoiou-se na linguística e no estruturalismo. Dizia que "o inconsciente está estruturado como uma linguagem". Nessa linha, criava novas palavras: "lalangue", "lituraterre", entre outras.
Mais tarde, recorreu à matemática e ao quadro-negro dos seminários semanais, que apresentava desde 1953, enchendo-o de nós e de tranças.
Seus detratores o chamavam de charlatão, "guru", "fanfarrão da democracia", tal como recorda a historiadora e psicanalista francesa Elisabeth Roudinesco.
No entender da biógrafa, se "o século XX foi freudiano, o XXI é, desde já, lacaniano".
Ele foi também, segundo ela, o único a "levar em conta, de maneira freudiana, a herança de Auschwitz".
Seu genro e herdeiro, o psicanalista Jacques-Alain Miller, ainda publica suas lições, nas 'Éditions du Seuil", podendo-se citar "Le Séminaire, livre XIX, ou pire...", lançado em agosto.


Depois de um acidente de automóvel, em 1978, Lacan morreu três anos mais tarde de um câncer que nunca quis tratar.





Biografia de Sigmund Freud



BIOGRAFIA DE FREUD - "Sigmund Freud o Pai da Psicanálise"



Sigmund Freud - Imagem da Internet

Psicanalista austríaco.

Nasceu em 06/05/1856, em Freiberg - República Tcheca.

Faleceu em 23/09/1939 em Londres - Reino Unido.

Freud desenvolveu o que é hoje a base da psicanálise



O criador da psicanálise nasceu na região da Morávia, que então fazia parte do Império Austro-Húngaro, hoje na República Tcheca. Sua mãe, Amália, era a terceira esposa de Jacob, um modesto comerciante. A família mudou-se para Viena em 1860.
Em 1877, ele abreviou o seu nome de Sigismund Schlomo Freud para Sigmund Freud. Desde 1873, era um aluno da Faculdade de Medicina da Universidade de Viena, onde gostava de pesquisar no laboratório de Neurofisiologia.
Ao se formar, em 1882, entrou no Hospital Geral de Viena. Freud trabalhou por seis meses com o neurologista francês Jean Martin Charcot, que lhe mostrou o uso da hipnose.
Em parceria com o médico Joseph Breuer, seu principal colaborador, ele publicou em 1895 o "Estudo sobre Histeria". O livro descreve a teoria de que as emoções reprimidas levam aos sintomas da histeria, que poderiam desaparecer se o paciente conseguisse se expressar.
Insatisfeito com a hipnose, Freud desenvolveu o que é uma das bases da técnica psicanalítica: a livre associação. O paciente é convidado a falar o que lhe vem à mente para revelar memórias reprimidas causadoras de neuroses.
Em 1899, publicou "A interpretação dos sonhos", em que afirma que os sonhos são "a estrada mestra para o inconsciente", a camada mais profunda da mente humana, um mundo íntimo que se oculta no interior de cada indivíduo, comandando seu comportamento, a despeito de suas convicções conscientes.
Mesmo com dificuldades para ser reconhecido pelo meio acadêmico, Freud reuniu um grupo que deu origem, em 1908, à Sociedade Psicanalítica de Viena. Seus mais fiéis seguidores eram Karl Abraham, Sandor Ferenczi e Ernest Jones. Já Alfred Adler e Carl Jung acabaram como dissidentes.

A perda de Jung foi muito mais dolorosa, pois Freud esperava que o discípulo, suíço e protestante, projetasse a psicanálise além do ambiente judaico. Além de discordar do papel prioritário dado por Freud ao desejo, Jung se tornou místico.
Sensibilizado pela Primeira Guerra Mundial e pela morte da filha Sophie, vítima de gripe, Freud teorizou sobre a luta constante entre a força da vida e do amor contra a morte e a destruição, simbolizados pelos deuses gregos Eros (amor) e Tanatos (morte). A sua teoria da mente ganhou forma com a publicação em 1923, de "O Ego e o Id".
Em 1936, disse considerar um avanço seus livros terem sido queimados pelos nazistas. Afinal, no passado, eram os autores que iam à fogueira. Mas a subida de Hitler ao poder ditatorial não demorou e a perseguição aos judeus se intensificou. Em 1938, já velho e com câncer, fugiu para a Inglaterra, onde morreu no ano seguinte.
Com Martha Bernays, teve seis filhos. A caçula Ana tornou-se discípula, porta-voz do pai, e uma eminente psicanalista.
Atualmente, Freud continua tão polêmico quanto na época em que esteve vivo. Por um lado, é verdadeiramente idolatrado por seguidores ortodoxos da teoria psicanalítica - e, aliás, em vida, Freud demonstrava uma inegável satisfação em ser reverenciado como um gênio. Por outro, é visto também como um mistificador, principalmente a partir da década de 1990, quando as descobertas da neurociência questionaram muitos dos princípios fundamentais da psicanálise.


" A Psicanálise? Uma das mais fascinantes modalidades do gênero policial, em que o detetive procura desvendar um crime que o próprio criminoso ignora". ( Mario Quintana )














Níveis de Personalidade



NÍVEIS DE PERSONALIDADE - Id, Ego e Superego



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Nos primeiros trabalhos, Freud sugeria a divisão da vida mental em duas partes: consciente e inconsciente. A porção consciente, assim como a parte visível do iceberg, seria pequena e insignificante, preservando apenas uma visão superficial de toda a personalidade. A imensa e poderosa porção inconsciente - assim como a parte submersa do iceberg - conteria os instintos, ou seja, as forças propulsoras de todo comportamento humano.
Nos trabalhos posteriores, Freud reavaliou essa distinção simples entre o consciente e o inconsciente e propôs os conceitos de *Id, **Ego e ***Superego. O "ID", grosso modo, correspondente à sua noção inicial de inconsciente, seria a parte mais primitiva e menos acessível da personalidade. Freud afirmou: "Nós chamamos de (...) um caldeirão cheio de excitações fervescentes. O ID desconhece o julgamento de valores, o bem e o mal, a moralidade" (Freud, 1933, p. 74). As forças do id buscam a satisfação imediata sem tomar conhecimento das circunstâncias da realidade. Funcionam de acordo com o princípio do prazer, preocupadas em reduzir a tensão mediante a busca do prazer e evitando a dor. A palavra em alemão usada por Freud para id era "es", que queria dizer "isso", termo sugerido pelo psicanalista Georg Grddeck, que enviara a Freud o manuscrito do seu livro intitulado The book of it (Isbister, 1985).
O id contém a nossa energia psíquica básica, ou a libido, e se expressa por meio da redução de tensão. Assim, agimos na tentativa de reduzir essa tensão a um nível mais tolerável. Para satisfazer às necessidades e manter um nível confortável de tensão, é necessário interagir com o mundo real. Por exemplo: as pessoas famintas devem ir em busca de comida, caso queiram descarregar a tensão induzida pela fome. Portanto, é necessário estabelecer alguma espécie de ligação adequada entre as demandas do id e a realidade.
O ego serve como mediador, um facilitador da interação entre o id e as circunstâncias do mundo externo. O ego representa a razão ou a racionalidade, ao contrário da paixão insistente e irracional do id. Freud chamava o ego de ich, traduzido para o inglês como  "I"  (Eu"  em português). Ele não gostava da palavra ego e raramente a usava. Enquanto o id anseia cegamente e ignora a realidade, o ego tem consciência da realidade, manipula-a e, dessa forma, regula o id. O ego obedece ao princípio da realidade, refreando as demandas em busca do prazer até encontrar o objeto apropriado para satisfazer a necessidade e reduzir a tensão. 
O ego não existe sem o id; ao contrário, o ego extrai sua força do id. O ego existe para ajudar o id e está constantemente lutando para satisfazer os instintos do id. Freud comparava a interação entre o ego e o id com o cavaleiro montando um cavalo que fornece energia para mover o cavaleiro pela trilha, mas a força do animal deve ser conduzida ou refreada com as  rédeas, senão acaba derrotando o ego racional.
A terceira parte da estrutura da personalidade definida por Freud, o superego, desenvolve-se desde o inicio da vida, quando a criança assimila as regras de comportamento ensinadas pelos pais ou responsáveis mediante o sistema de recompensas e punições. O comportamento inadequado  sujeito à punição torna-se parte da consciência da criança, uma porção do superego. O comportamento aceitável para os pais ou para o grupo social e que proporcione a recompensa torna-se parte do ego-ideal, a outra porção do superego. Dessa forma, o comportamento é determinado inicialmente pelas ações dos pais; no entanto, uma vez formado o superego, o comportamento é determinado pelo autocontrole. Nesse ponto, a pessoa administra as próprias recompensas ou punições. O termo cunhado por Freud para o superego foi über-ich, que significa literalmente "sobre-eu".
O superego representa a moralidade. Freud descreveu-o como o "defensor da luta em busca da perfeição - o superego é, resumindo, o máximo assimilado psicologicamente pelo indivíduo do que é considerado o lado superior da vida humana" (Freud, 1933, p. 67). Observe-se então, que, obviamente, o superego estará em conflito com o id. Ao contrário do ego, que tenta adiar a satisfação do id para momentos e lugares mais adequados, o superego tenta inibir a completa satisfação do id.
Assim Freud imaginava a constante luta dentro da personalidade quando o ego é pressionado pelas forças contrárias insistentes. O ego deve tentar retardar os ímpetos agressivos e sexuais do id, perceber e manipular a realidade para aliviar a tensão resultante, e lidar com a busca do superego pela perfeição. E, quando o ego é pressionado demais, o resultado é a condição definida por Freud como ansiedade.
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*Id: Fonte de energia psíquica e o aspecto da personalidade relacionado aos instintos.
**Ego: Aspecto racional da personalidade responsável pelo controle dos instintos.
***Superego: O aspecto moral da personalidade, produto da internalização dos valores e padrões recebidos dos pais e da sociedade.

Em outras palavras:

ID: Constitui o reservatório de energia psiquica, é onde se localizam as pulsões de vida e de morte. As características atribuídas ao sistema incosciente. É regido pelo princípio do prazer (Psiquê que visa apenas o prazer do indivíduo).

EGO: É o sistema que estabelece o equilíbrio entre as exigências do id, as exigências da realidade e as ordens do superego. A verdadeira personalidade, que decide se acata as decisões do (Id) ou do (Superego).

SUPEREGO: Origina-se com o complexo do Édipo, a partir da internalização das proibições, dos limites e da autoridade. (É algo além do ego que fica sempre te censurando e dizendo: Isso não está certo, não faça aquilo, não faça isso, ou seja, aquela que dói quando prejudicamos alguém, é o nosso "freio".)