Insônia - Aspectos gerais



INSÔNIA - ASPECTOS GERAIS

Vamos começar bem no início.....tudo começa com um probleminha leve de uma noite de sono mal dormida e de repente o primeiro comprimido, e o sono induzido chega até você. Muito bem, e será que todas as vezes que algum aborrecimento ou algum problema lhe tirar o sono você vai acabar usando os remédios para dormir?. Então preste atenção no que você realmente deve saber sobre os remédios que induzem ao sono e suas consequências.
Esses medicamentos têm vários efeitos colaterais e, nem sempre, são a melhor saída. Isso porque a insônia em primeiro lugar, em cada pessoa tem uma causa diferente, então sendo assim, a insônia pode ser apenas o sintoma de outro problema e o uso de medicação para dormir, sem que a causa seja esclarecida, encobre ou mascara doenças mais sérias; e os riscos ainda não terminam aí, porque a possibilidade de dependência desse tipo de droga, alterações no sistema hormonal, perda de memória e até disfunções sexuais são apenas algumas das consequências que podem atrapalhar a rotina de quem decide consumir medicamentos para dormir.

O QUE SÃO OS REMÉDIOS PARA DORMIR / QUE REAÇÕES ELE PROVOCAM QUE TRAZ O SONO?

Muitos medicamentos, originalmente utilizados para outras finalidades, tais como: antialérgicos, remédios para enjôo e mesmo alguns antidepressivos, são capazes de induzir ao sono, porém, existem aqueles específicos para induzir ao sono, os chamados benzodiazepínicos, de ampla utilização hoje em dia e de alto potencial para gerar dependência física. Existem também os mais modernos, chamados não benzodiazepínicos, com menos efeitos colaterais e menor potencial de gerar dependência. Atualmente, no entanto, os estudos da área dedicam-se à melatonina, um hormônio presente no organismo que vem sendo muito estudado e que atua de forma ainda não muito compreendida, provocando o sono. Quanto a dependência física, para se ter uma ideia, ela pode ocorrer a partir do terceiro mês de uso consecutivo e se caracteriza por aparecimento de sintomas desagradáveis, quando o paciente deixa de fazer uso da medicação. A necessidade de aumentar a dose do remédio para obter efeitos, também indica dependência.
Existem alguns casos em que esses medicamentos se fazem necessários e úteis, seja em indução anestésica, alguns quadros de ansiedade, privação involuntária de sono e outros.
É claro que frente a um relato de dificuldades para dormir ou surgimento da insônia, é fundamental que busquemos as causas antes de introduzir qualquer medicação que, claro, tal medicação jamais será prescrita por um terapeuta, que não pode prescrever, e sim, pelo médico competente, porém, a situação mais frequente que se vê em clínicas é a dificuldade para dormir como um problema secundário. 
Por esses medicamentos serem de uso controlado, e só devem ser usados mediante prescrição médica, como dito acima, tem que ter atenção especial aqueles pacientes que tenham problemas renais ou doenças do fígado, pois são as vias pelas quais os medicamentos serão eliminados do corpo.
Não se sabe com exatidão se os remédios interferem no sistema hormonal ou se o sistema hormonal altera a forma de atuação e eliminação dos remédios nas mulheres. No entanto, sabemos que as mulheres têm um maior potencial para desenvolver tolerância, mesmo em situações de uso sob acompanhamento, e um maior potencial de estabelecer dependência física.
Quem toma algum tipo de medicamento para controlar a hipertensão, o uso controlado e acompanhado por médico pode, inclusive auxiliar na estabilização da pessoa hipertensa se um dos fatores da elevação da pressão for um desencadeante emocional. Já o consumo abusivo e sem controle, pode desencadear entre outros efeitos, elevações bruscas e intensas na pressão arterial. 
Os principais efeitos colaterais dos benzodiazepínicos são: sonolência no dia seguinte, lentidão de reflexos e raciocínio, tonturas, perda relativa de memória, e até disfunções sexuais, como a impotência e a falta de lubrificação vaginal. Para os não benzodiazepínicos, os mais modernos, há sensação de boca seca, vertigens, reações alérgicas, sonambulismo, dor de cabeça, náuseas, vômitos e redução do apetite sexual.

TRANQUILIZANTES OU ANSIOLÍTICOS


Definição: Existem medicamentos que têm a propriedade de atuar quase que exclusivamente acerca à impaciência e tensão. Estas drogas foram chamadas de tranquilizantes, por tranquilizar a pessoa estressada, tensa e ansiosa. Atualmente, prefere-se escolher estes tipos de medicamentos pelo nome de ansiolíticos, ou seja, que "destroem" (lise) a impaciência. De traje, este é o principal efeito terapêutico destes medicamentos: diminuir ou suprimir a impaciência das pessoas, sem afetar em restante as funções psíquicas e motoras. Antigamente o principal agente ansiolítico era uma droga chamada meprobamato que praticamente desapareceu das farmácias com a invenção de um importante grupo de substâncias: os benzodiazepínicos. De indumentária estes medicamentos estão entre os mais utilizados no mundo todo, inclusive no Brasil. Para se ter uma ideia atualmente há mais de cem remédios no nosso país à base destes benzodiazepínicos. Estes têm nomes químicos que terminam geralmente pelo sufixo pam. Sendo assim, é relativamente fácil a pessoa, quando toma um remédio para acalmar-se saber o que realmente está tomando. Tendo na fórmula um termo terminado em pam, é um benzodiazepínico. Exemplos: diazepam, bromazepam, clobazam, clorazepam, estazolam, flurazepam, flunitrazepam, lorazepam, nitrazepam, etc. A única exceção é a substância chamada clordizepóxido que também é um benzodiazepínico. Por outro lado estas substâncias são comercializadas pelos laboratórios farmacêuticos com diferentes nomes de "fantasia", existindo assim dezenas de remédios com nomes diferentes: Noan, Valium, Aniolax, Calmociteno, Dienpax, Psicosedin, Frontal, Frisium, Kiatrium, Lexotan, Lorax, Urbanil, Somalium, etc., sendo que esses medicamentos são todos marcas registradas, e são somente alguns dos nomes.

Muito bem, vamos ao efeito no cérebro.
Todos os benzodiazepínicos são capazes de estimular os mecanismos no nosso cérebro que normalmente combatem estados de tensão e ansiedade. Assim, quando devido às tensões do dia a dia ou por causa mais sérias, determinadas áreas do nosso cérebro funcionam exageradamente, resultando num estado de ansiedade, os benzodiazepínicos exercem um efeito contrário, ou seja, inibe os mecanismos que estavam hiperfuncionantes e a pessoa fica mais tranquila como que desligada do meio ambiente e dos estímulos externos.
Como consequência desta ação, os ansiolíticos produzem uma depressão da atividade do nosso cérebro que se caracteriza por:
  • Diminuição de ansiedade;
  • Indução de sono;
  • Relaxamento muscular;
  • Redução do estado de alerta.

É importante notar que estes efeitos dos ansiolíticos benzodiazepínicos são grandemente alimentados pelo álcool, e a mistura álcool+estas drogas pode levar a pessoa ao estado de coma. Além desses efeitos principais, os ansiolíticos dificultam o processo de aprendizagem e memória, o que é, evidentemente bastante prejudicial às pessoas que habitualmente utilizam-se dessas drogas.
Finalmente, é importante ainda lembrar que estas drogas também prejudicam em parte nossas funções psicomotoras, prejudicando atividades como dirigir automóveis, aumentando assim a probabilidade de qualquer tipo de acidentes.


DICAS PARA UM SONO MELHOR:
  • O sono deve vir naturalmente, sem esforço. Não brigue com seu travesseiro, ao invés disso, busque algo para relaxar até que se sinta sonolento;
  • Deite-se na cama apenas o tempo devido. O tempo normal do sono varia entre 6 a 8 horas, nos adultos;
  • Evite ver TV ou telefonar na cama;
  • Se possível, evite ruídos irregulares ou ambientes barulhentos. Temperaturas ambientais amenas também possibilitam um sono mais confortável;
  • Procure deitar e levantar sempre à mesma hora para ter um ritmo de sono regular;
  • Um lanche leve, e alguns chás (cidreira e maracujá) podem ser úteis; evite, porém, os excessos e o uso de chá preto, café ou refrigerante à base de cola;
  • Ao deitar relaxe, e pense em coisas amenas; isole-se dos problemas do dia a dia;
  • Verifique se o colchão é adequado ao seu peso e se está em boas condições;
  • Exercícios físicos e caminhadas. quando moderadas e regulares, também são úteis.